Pasmei diante de teus olhos.
Eles me transportavam ao horizonte
ao pôr do sol, à manhã.
Neles havia o frescor da brisa que anunciava a chuva,
a quentura que traria um dia de calor,
havia tua alma, parceira tua,
tua essência.
Pasmei diante de teus olhos
que feito o celeste do dia sem nuvens,
profundos como o mar infindo,
eram o prenúncio de uma felicidade.
Neles percebi o sabor da aurora
e pude saudar a vida.
Vi o reflexo do meu rosto nos teus olhos.
Agora ando dentro de ti.
LOPES, D. Voragem. Pará de Minas (MG): VirtualBooks, 2010, p. 25-26.