I
PARA SEMPRE
Ah! Para sempre! para sempre! Agora
não nos separaremos nem um dia...
Nunca mais, nunca mais , nesta harmonia
das nossas almas de divina aurora.
das nossas almas de divina aurora.
A voz do céu pode vibrar sonora
ou do Inferno a sinistra sinfonia,
que num fundo de astral melancolia
minh'alma com a tu'alma goza e chora.
Para sempre está feito o augusto pacto!
Cegos seremos no celeste tato,
do Sonho envoltos na estrelada rede,
E perdidas, perdidas no infinito
as nossas almas, no clarão bendito,
Hão de enfim saciar toda esta sede...
Cruz e sousa. Pacto de almas. In. _____.Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1982, p. 92-93.