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Deixa-me no meu canto:
Deixa-me no meu canto:
canções velhas, vozes antigas que ressoam poeira,
mundo sem chaves, passado sem presente,
todo espera.
Deixa-me no meu mundo:
para que o sonho momentâneo seja eterno,
para que a lágrima sem porquê
e os olhos fechados
embalando o corpo em suaves voos
sejam o prenúncio do paraíso já perdido.
Deixa-me no meu mundo:
sentir vozes, ouvir aromas que não sei quais são,
que não vivi, mas que aprendi com eles a ser felicidade.
Deixa-me no meu mundo
para voltar rarefeito, recriado, alimentado
do que não morre, porque tornou-se para sempre vida.
Lopes, Delvanir . In. Voragem. Virtual Books:Pará de Minas (MG), p. 32-33.
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