terça-feira, 7 de dezembro de 2010

TEUS OLHOS




Pasmei diante de teus olhos.

Eles me transportavam ao horizonte

ao pôr do sol, à manhã.

Neles havia o frescor da brisa que anunciava a chuva,

a quentura que traria um dia de calor,

havia tua alma, parceira tua,

tua essência.


Pasmei diante de teus olhos

que feito o celeste do dia sem nuvens,

profundos como o mar infindo,

eram o prenúncio de uma felicidade.

Neles percebi o sabor da aurora

e pude saudar a vida.

Vi o reflexo do meu rosto nos teus olhos.

Agora ando dentro de ti.


LOPES, D. Voragem. Pará de Minas (MG): VirtualBooks, 2010, p. 25-26.