sábado, 18 de julho de 2009

NÃO - Delvanir Lopes


NÃO




Talvez não sejamos mais flores do mesmo jardim
e nosso perfume caminha por ventos diferentes.
Quem sabe o instante fez com que soubéssemos
Que a noite se estrela e se embeleza para cada um.

Não sei se sentiu o coração desmoronar lá
De uma maneira que pareceu ao despetalar da flor;
Não havia insetos, nem música que nos transportasse
E choramos naquele momento mesmo.

E se seu barco caminha por horizontes desiguais
E apenas podes acenar de longe e içar sua vela
Eu aqui choro ao vê-la e lamento não poder estar em seu barco.

Não queremos deixar de nos habitar
Quem garante que nossas cascas durarão?
São palavras que têm o poder de instaurar e destruir
Fujamos delas, amemos.

A noite continua produzindo estrelas
Mas nossa preocupação está em nós, não nelas,
Por isso é que nos confundimos
Queremos dar respostas às estrelas. Não... ( )

So, count your garden by the flowers
Never by the leaves that fall;
Count your days by the golden hours
Don’t remember clouds at all.

Count your night by stars, not shadows
Count your life with smiles, not tears,
And with joy through all your lifetime
Count your age by friends, not years.

Delvanir Lopes. In. Ponte do Tal Vez , p. 12

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