Delvanir Lopes- giz de cera e corretor líquido sobre canson
domingo, 26 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
PACTO DE ALMAS
I
PARA SEMPRE
Ah! Para sempre! para sempre! Agora
não nos separaremos nem um dia...
Nunca mais, nunca mais , nesta harmonia
das nossas almas de divina aurora.
das nossas almas de divina aurora.
A voz do céu pode vibrar sonora
ou do Inferno a sinistra sinfonia,
que num fundo de astral melancolia
minh'alma com a tu'alma goza e chora.
Para sempre está feito o augusto pacto!
Cegos seremos no celeste tato,
do Sonho envoltos na estrelada rede,
E perdidas, perdidas no infinito
as nossas almas, no clarão bendito,
Hão de enfim saciar toda esta sede...
Cruz e sousa. Pacto de almas. In. _____.Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1982, p. 92-93.
terça-feira, 5 de abril de 2011
I HAVE A DREAM
if you see the wonder of a fairy tale you can take the future even if you fail
I believe in angels, something good in everything I see
I believe in angels when I know the time is right for me
I 'll cross the stream, I have a dream.
I have a dream, a fantasy to help me through reality and my destination
makes it worth the while pushing through the darkness still another mile
I believe in angels, something good in everything I see
I believe in angels when I know the time is right for me
I 'll cross the stream, I have a dream.
ABBA
segunda-feira, 4 de abril de 2011
quinta-feira, 31 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
INVULNERÁVEL
Quando dos carnavais da raça humana
forem caindo as máscaras grotescas
e as atitudes mais funambulescas
se desfizerem no feroz Nirvana;
quando tudo ruir na febre insana,
nas vertigens bizarras, pitorescas
de um mundo de emoções carnavalescas
que ri da Fé profunda e soberana;
vendo passar a lúgubre, funérea
galeria sinistra da Miséria,
com as máscaras do rosto desoladas;
tu que é o deus, o deus invulnerável,
resiste a tudo e fica formidável,
no silêncio das noites estreladas!
SILVEIRA, Tasso da (org.). CRUZ E SOUSA - poesia. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1986, p. 81-82.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
OUTONO
As folhas caem como se do alto
caíssem, murchas, dos jardins do céu;
caem com gestos de quem renuncia.
E a Terra, só, na noite de cobalto,
cai de entre os astros na amplidão vazia.
Caímos todos nós. Cai esta mãe.
Olha em redor: cair é a lei geral.
E a terna mão de Alguém colhe, afinal,
todas as coisas que caindo vão.
RILKE, Rainer Maria. Poemas e Cartas a um jovem poeta. Trad. Geir Campos. Rio de Janeiro: Technoprint Gráfica Editora, 1970, p. 40.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
FUTURO - Delvanir Lopes
quadrar o corpo, tal qual
aquele que quer, mas não sabe bem o quê.
E feliz, quebrantar qualquer quizita, querela.
Quite em estar aqui, loquaz porque quisto pela vida.
E quando cair a noite,
em quebreira contar
como quem revive a querência, quieto,
reconhecido,
acreditando no que virá.
.
.
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LOPES, Delvanir. Futuro. I. Voragem. Pará de Minas (MG): Virtualbooks, 2010, p. 27.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
HAI-KAI
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
MUNDO GRANDE - Carlos Drummond de Andrade
Não, meu coração não é maior que o mundo.
- Ó vida futura! nós te criaremos.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso grito,
por isso frequento os jornais, me exponho
cruamente nas livrarias:
preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
[...]
Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.
Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar,
ilhas sem problemas, não obstante exaustivas
e convocando ao suicídio.
Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
de que o mundo, o grande mundo está
crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.
Então, meu coração também pode crescer.
entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
- Ó vida futura! nós te criaremos.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. In. Sentimento do Mundo. Rio de Janeiro: MediaFashion, 2008, p. 73-75
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
TEUS OLHOS
Pasmei diante de teus olhos.
Eles me transportavam ao horizonte
ao pôr do sol, à manhã.
Neles havia o frescor da brisa que anunciava a chuva,
a quentura que traria um dia de calor,
havia tua alma, parceira tua,
tua essência.
Pasmei diante de teus olhos
que feito o celeste do dia sem nuvens,
profundos como o mar infindo,
eram o prenúncio de uma felicidade.
Neles percebi o sabor da aurora
e pude saudar a vida.
Vi o reflexo do meu rosto nos teus olhos.
Agora ando dentro de ti.
LOPES, D. Voragem. Pará de Minas (MG): VirtualBooks, 2010, p. 25-26.
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